5 problemas que a falta de vitamina D pode causar: como prevenir?
Pensar em vitamina D leva-nos a várias conceções: sol, bem-estar, ossos,... De facto a vitamina D tem várias frentes de atuação e por isso é tão importante que esta esteja equilibrada no nosso organismo. Vamos abordar vários aspetos importantes sobre esta vitamina...
O que é e para que serve a vitamina D?
A vitamina D é uma vitamina lipossolúvel (com afinidade para os lípidos). Por desempenhar um papel regulador do metabolismo, é também considerada uma hormona.
A vitamina D apresenta-se sob 2 formas: vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol).
A vitamina D é essencial no funcionamento do metabolismo ósseo e desenvolvimento muscular, existindo ainda alguns estudos que demonstram a sua correlação com vários outros sistemas (cardiovascular, nervoso, endócrino, imunitário, etc.). Veremos mais a frente quais os sintomas e doenças que se podem manifestar devido à falta desta vitamina.
Fontes de vitamina D:
Podemos obtê-la principalmente através da radiação solar - mais concretamente dos raios ultravioleta B (cerca de 90%) e através da alimentação (cerca de 10%).
- Exposição solar: é recomendada uma exposição adaptada a cada fototipo de pele, sendo generalizadamente, entre 15 a 20 minutos, pelo menos 2 a 3 vezes por semana. Entre as 12h e as 16h, o índice de radiação UVB encontra-se mais elevado, sendo a exposição mais eficiente (exigindo assim um cuidado adicional nas peles mais claras e sensíveis).
- Alimentação: pode ser obtida principalmente através da ingestão de produtos de origem animal: principalmente peixes gordos (ex: salmão, sardinha, robalo,...), ovos e laticínios. Surgem também cada vez mais alimentos de origem vegetal que são fortificados em vitamina D (ex: cereais de pequeno almoço, bebidas e cremes vegetais,...)
Falta de vitamina D:
Na última década tem existido uma maior prevalência de carência em vitamina D, na população em geral, devido a vários fatores:
- Luz solar reduzida: atualmente existe ainda uma realidade de sedentarismo e menor tempo de exterior, quer a nível profissional, como de lazer. O contexto pandémico reforça também esta verdade: teletrabalho e recolhimento, aliados a habitações pequenas e em meio urbanístico, reduzem substancialmente o tempo de exposição solar. O uso generalizado de protetores solares durante todo o ano reduz também significativamente a entrada da radiação UVB na nossa pele, em detrimento de outros benefícios.
- Consumo diminuído de produtos de origem animal: cada vez mais, devido a diversas preocupações, a população tem diminuído o consumo de alimentos de origem animal que, como vimos, são uma fonte natural de vitamina D.
Consequências da deficiência em vitamina D:
A falta de vitamina D pode provocar vários problemas e sintomas no nosso organismo:
- Sistema imunitário frágil: a vitamina D regula a produção das células de defesa, sendo essencial na nossa resposta imunitária;
- Maior fadiga: a vitamina D estimula os níveis de energia do organismo;
- Dores musculares, ósseas e articulares: a vitamina D é essencial na correta absorção de cálcio pelo organismo, reforçando a saúde óssea; para além disso exibe também um papel na modulação da dor.
- Propensão para ansiedade e depressão: é essencial o bom aporte de vitamina D, principalmente nos períodos de inverno, evitando a fragilização do sistema nervoso.
- Queda de cabelo: vários podem ser as causas que levam à queda de cabelo; estudos demonstram que a vitamina pode ser uma delas.
Estes sintomas podem existir pela deficiência em vitamina D, ou por outros fatores. Por não serem específicos, é necessário sempre avaliar cada situação.
Para além destes sinais, existem várias doenças onde está comprovado uma baixo nível de vitamina D:
- Doenças cardiovasculares
- Diabetes
- Doenças relacionados com o sistema imunitário comprometido – doenças do trato respiratório, dermatites atópicas e psoríase, artrite reumatoide, doenças inflamatórias do intestino e esclerose múltipla
- Autismo
- Doenças cerebrais degenerativas
Suplementos: quando e para quem?
É importante que a suplementação em vitamina D seja feita apenas após a constatação de que os seus níveis estão abaixo do desejável. A deficiência em vitamina D apresenta vários riscos, mas o seu excesso também.
É mais comum verificar-se a necessidade de suplementação em crianças e idosos, devido ao impacto desta no sistema ósseo. No entanto, apenas através de análises é possível dosear os níveis de vitamina D.
Os níveis séricos ideais de vitamina D (doseada como 25-hidróxi-vitamina D) são os seguintes:
- Deficiente: inferior a 20 ng/mL
- Insuficiente: 21-29 ng/mL
- Suficiente: + de 30 ng /mL > 150 ng / mL - toxicidade
Os suplementos mais comuns no mercado são sob a forma de vitamina D3, devido à sua estabilidade e eficácia mais prolongada. A dose diária recomendada é de 5 μg (= 200 U.I).
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E já sabe, depois de ler as contra-indicações e informações e continuar com dúvidas, deve pedir conselho ao seu médico ou farmacêutico.
Nota Importante
O conteúdo informativo presente no "Blog da Farmácia" não substitui a consulta de um profissional de saúde. Uma vez que nos é impossível abordar os temas detalhadamente, sugerimos que se aconselhe com o seu médico ou farmacêutico para a sua situação em particular, e que possa esclarecer eventuais dúvidas.