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Estou infetado com Covid-19: E agora?

Estou infetado com Covid-19: E agora?

Neste momento em Portugal, os números de infetados por Covid-19 têm aumentado de forma exponencial mas na sua grande maioria os doentes apresentam sintomas ligeiros, refletindo o sucesso das elevadas taxas de vacinação.

Após a realização do teste com resultado positivo, irá receber no telemóvel uma mensagem da Autoridade de saúde, no prazo de 48 horas, com uma declaração de isolamento que serve para justificar a necessidade de permanência no domicílio e, como tal, ausência do local de trabalho. Tal acontece pois os sistemas dos laboratórios e das farmácias estão ligados ao SNS.

Se estiver infetado é importante manter o isolamento domiciliário, a auto-monitorização de sintomas e manter o cumprimento das medidas de prevenção e controlo de infeção.

Se mantiver sintomas após terminar o período definido ou não estiver apto para regressar ao trabalho deve contactar a linha SNS24 ou o seu médico assistente.

Existem algumas condições relevantes para o isolamento no domicílio:

  • Telefone/Telemóvel facilmente acessível
  • Termómetro
  • Quarto separado ou cama individual, e acesso a casa de banho, preferencialmente individual
  • Uso de máscara cirúrgica pelo doente e coabitantes
  • Água e sabão para higiene das mãos
  • Supervisão da medicação crónica do doente (de acordo com autonomia do doente)
  • Não residir com pessoas imunodeprimidas ou grávidas

A febre, tosse, pingo no nariz, dores de cabeça, perda do olfato ou do paladar são alguns dos sintomas mais frequentes.

CONGESTÃO NASAL E PINGO NO NARIZ

Lavagem nasal regular, 3 a 4 vezes por dia com soro fisiológico, água do mar em spray ou dispositivos de irrigação nasal.

O seu médico dependendo dos seus sintomas poderá prescrever terapêutica nasal como anti-alérgico, anti-inflamatório ou descongestionante nasal.

TOSSE

A tosse é um reflexo respiratório fisiológico que ajuda a proteger os pulmões de secreções respiratórias infetadas. Com o tempo, a tosse pode evoluir para um ciclo, onde a tosse é frequente e intensa levando a irritação, inflamação e secura das vias aéreas e garganta, o que piora a tosse.

Ingira líquidos, são importantes para a hidratação das vias aéreas (orofaringe, faringe) e diminuição da irritação da garganta.

Tomar uma colher de chá de mel também pode ajudar, mas não dê mel a bebés com menos de 12 meses.

Deite-se de lado ou coloque a cabeceira mais elevada, há doentes que se sentem mais confortáveis na posição de sentado, é melhor evitar deitar-se de costas.

Enquanto se recupera do COVID, pode continuar a sentir tosse seca por algum tempo, podendo estender-se até às 6 a 8 semanas.

Se a sua tosse apresentar um agravamento progressivo ou associada a sintomas como falta de ar, cansaço extremo, dor no peito ou nas costas, lábios azulados, expectoração com sangue, deve contatar o SNS24 ou o seu médico assistente.

FEBRE

A temperatura corporal varia ao longo do dia e segundo o local do corpo em que é medida. Há febre quando a temperatura, medida na axila, é superior a 37,2 – 37,5 oC, ou mais meio grau, se é medida no reto.

Se pensa que tem febre ( sente arrepios, suores, dores de cabeça, dores musculares ou fraqueza geral), a primeira coisa a fazer é medir a temperatura corporal, de preferência na axila, ou, no caso de se tratar de uma criança pequena, no reto.

Se se confirmar que tem febre, deve fazer o seguinte:

  • Descansar
  • Beber muita água e evitar agasalhar-se demasiado
  • Nas crianças, para evitar uma subida excessiva da temperatura, pode ser aconselhável despi-los, sobretudo se tiverem menos de 6 anos. Se isto não for suficiente para controlar a temperatura, pode-se dar banho em água tépida
  • Se a temperatura for superior a 38 oC na axila ou se sentir desconfortável, pode tomar paracetamol ou ibuprofeno conforme recomendação de profissional de saúde. Não existe qualquer tipo de evidência que relaciona a toma de ibuprofeno com agravamento da COVID-19

Quando consultar um médico?

A febre, por si só, não é motivo para consultar o médico.

Deve fazê-lo se tiver sintomas e sinais específicos, ou problemas de saúde ou tratamentos que aumentam o risco ou a gravidade de infeções.

Existem sintomas e sinais de gravidade, como:

  • dor de cabeça que interfere com as atividades diárias
  • rigidez no pescoço e dor quando dobra a cabeça para a frente
  • sensibilidade anormal à luz intensa
  • manchas na pele de aparecimento recente
  • confusão mental
  • vómitos persistentes
  • dificuldade em respirar ou dor no peito
  • apatia extrema ou irritabilidade
  • viagem recente ao estrangeiro

Situações particulares em crianças:

  • Se tiver menos de 3 meses de idade, se a temperatura é >40o C ou se chora e é difícil de consolar
  • Se a criança está muito irritada, sonolenta ou confusa
  • Uma subida ou descida rápidas da temperatura podem provocar convulsões em crianças com menos de 5 anos. São as chamadas convulsões febris. Apesar de muito alarmantes, duram menos de 5 minutos e cessam espontaneamente sem complicações
  • Se o seu filho tiver uma crise convulsiva, coloque-o de lado, evite que se magoe com objetos próximos e que se engasge com alimentos. Desaperte a roupa. Se não cessar em 5 minutos, consulte o médico.

Mesmo na ausência destes critérios, deve consultar o médico se a febre não resolve em 3 a 5 dias.

ALTERAÇÕES DE PALADAR E OLFATO

Pelo que se sabe até agora, a perda do olfato e do paladar podem persistir após a infecção por COVID em cerca de 10% dos casos.

Durante a infecção, os alimentos podem ter um sabor suave, salgado, doce ou metálico. Estas mudanças geralmente são de curto prazo, mas podem afetar seu apetite.

Tente escolher alimentos de acordo com a sua preferência, experimentar diferentes sabores, texturas e temperaturas. Alimentos frios ou à temperatura ambiente parecem ser mais aceitáveis e toleráveis.

Não existem dados a longo prazo sobre a recuperação do olfato ou paladar em pacientes com COVID . Há estudos que demonstram que a perda de olfato causada por outros vírus pode ser recuperada rapidamente em algumas semanas e nalguns casos demorar muitos meses.

As recomendações da Direção-Geral da Saúde para prevenção da COVID-19 mantém-se, como:

  • distanciamento social – manter distância de pelo menos 2 metros
  • etiqueta respiratória:
    • tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir
    • utilizar um lenço de papel ou o braço, nunca com as mãos
    • deitar o lenço de papel no lixo
    • lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir
  • reforçar as medidas de higiene:
    • lavar frequentemente as mãos com água e sabão ou com uma solução de base alcoólica
    • evitar contacto próximo com doentes com infeções respiratórias
    • consiga fazer a investigação do caso e o rastreio de contactos próximos

Próximos para Cuidar, aqui ficam algumas sugestões de produtos para o ajudar a ultrapassar a infeção por Covid-19:

Fontes: Guia Prático de Saúde - da semFYC (Sociedad Española de Medicina de Familia y Comunitaria)

Traduzido e adaptado pela APMGF (Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar), julho 2013.

https://www.yourcovidrecovery.nhs.uk/managing-the-effects/effects-on-your-body/co ugh/ https://www.nhs.uk/conditions/coronavirus-covid-19/long-term-effects-of-coronavirus- long-covid/

https://www.nhs.uk/conditions/coronavirus-covid-19/self-isolation-and-treatment/how- to-treat-symptoms-at-home/



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