Máscaras FFP2: serão a melhor opção?
Nas últimas semanas, muito se tem falado sobre a nova estirpe de COVID-19 e, por sua vez, também acerca das máscaras de proteção. Ao dia de hoje, embora alguns países europeus já tenham alterado as suas recomendações, tanto a Organização Mundial de Saúde, como a Direção-Geral de Saúde, em Portugal, ainda não alteraram as suas orientações.
No entanto, muitas questões se colocam: Qual a máscara que devo usar? Serão as máscaras FFP2 a melhor opção? São mais eficazes? Vamos compreender um pouco melhor…
Quais as grandes diferenças entre as máscaras cirúrgicas e as máscaras FFP2?
As máscaras cirúrgicas (tipo I, II e IIR) são dispositivos médicos, indicados para proteger da projeção de gotículas (superiores a 5 µm), impedindo o utilizador de as expelir para outras pessoas e também de as receber. Não são reutilizáveis, podendo ser usadas ininterruptamente apenas durante o período de 4 horas.
As máscaras FFP1/FFP2/FFP3 são consideradas equipamentos de proteção individual protegendo o utilizador de gotículas, mas também de aerossóis (inferiores a 5 µm). Podem ser reutilizáveis (R) ou não reutilizáveis (NR), sendo que as últimas podem ser usadas ininterruptamente durante o período de 8 horas.
Quais as vantagens e desvantagens das máscaras FFP2?
As máscaras FFP2 têm como vantagem principal a proteção contra aerossóis. Estas são avaliadas segundo a filtração de aerossóis e de fuga de ar para o exterior. As máscaras FFP2 filtram pelo menos 94% dos aerossóis e a fuga de ar para o exterior é inferior a 8%. Para além disso, têm também uma maior durabilidade face às máscaras cirúrgicas.
As desvantagens passam pela maior resistência na respiração. Para além disso, tornam-se mais desconfortáveis durante um longo período, pois a temperatura retida torna-se superior.
As máscaras FFP2, KN95 e N95 são iguais ?
Sim, são semelhantes. Apenas possuem origens diferentes e são testadas de acordo com as normas em vigor do próprio país de fabrico. A denominação FFP2 é a mais comum em Portugal e nos restantes países europeus, de acordo com a norma europeia seguida.
As denominações KN95 e N95 pertencem à regulamentação da China e dos Estados Unidos, respetivamente. Estas são importadas para Portugal, seguindo regras de importação específicas. Embora as normas de certificação sejam diferentes, a performance das máscaras é equivalente. Existe apenas uma pequena diferença na taxa de filtração: FFP2: taxa de filtração igual ou superior a 94% e KN95/ N95: taxa de filtração igual ou superior a 95%.
As máscaras certificadas para venda na União Europeia têm sempre a marcação CE.
Segundo a OMS, não existindo para já alteração na transmissão do vírus, as indicações e recomendações fornecidas no início da pandemia mantêm-se inalteradas.
Como conclusão, relembramos os tipos de máscaras e o seu aconselhamento em função do tipo de exposição do utilizador:
Nível 1: Para profissionais de saúde e doentes.
1) Semi máscaras de proteção respiratória (FFP2, FFP3)
- Equipamentos de proteção individual
- Podem reutilizáveis (R) ou não reutilizáveis (NR- limitadas a 8 horas de utilização)
- São avaliadas segundo a eficácia do filtro de partículas e pela fuga de ar para o exterior:
- FFP2 : filtram pelo menos 94% dos aerossóis e a fuga de ar para o exterior é <8%
- FFP3 : filtram pelo menos 99% dos aerossóis e a fuga de ar para o exterior é <2%
2) Máscaras cirúrgicas tipo II e IIR
- Dispositivos médicos
- Não reutilizáveis
- Desempenho mínimo de filtração de 98%
- 4 horas de utilização ininterrupta, sem degradação da retenção partículas e respirabilidade
Nível 2: Para profissionais (que não sendo da saúde) estão expostos ao contacto com um elevado número de indivíduos.
1) Máscaras cirúrgicas tipo I
- Dispositivos médicos
- Não reutilizáveis
- Desempenho mínimo de filtração de 95%
- 4 horas de utilização ininterrupta sem degradação da retenção partículas e respirabilidade
2) Máscaras alternativas para contactos frequentes com o público
- Artigo têxtil
- Não reutilizáveis ou utilizáveis até determinado nº vezes
- Desempenho mínimo de filtração de 90%
- 4 horas de utilização ininterrupta sem degradação da retenção partículas e respirabilidade
Nível 3: Para o público em geral (utilização nas saídas autorizadas em contexto de confinamento, nomeadamente em espaços interiores e exteriores com múltiplas pessoas)
- Máscaras alternativas para contactos pouco frequentes
- Artigo têxtil
- Não reutilizáveis ou utilizáveis até determinado nº vezes
- Desempenho mínimo de filtração de 70%
- 4 horas de utilização ininterrupta sem degradação da retenção partículas e respirabilidade
Para além da utilização generalizada de máscara, não devemos nunca esquecer as outras medidas preventivas igualmente importantes: distanciamento social, regras de etiquetas respiratória, lavagem ou desinfeção frequente das mãos e cumprimento das regras de confinamento.
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Nota Importante
O conteúdo informativo presente no "Blog da Farmácia" não substitui a consulta de um profissional de saúde. Uma vez que nos é impossível abordar os temas detalhadamente, sugerimos que se aconselhe com o seu médico ou farmacêutico para a sua situação em particular, e que possa esclarecer eventuais dúvidas.